O escritor e cartunista Nani, autor da tirinha “Vereda Tropical” e colaborador histórico do jornal de humor O Pasquim e da revista Mad, morreu nesta sexta (8/10), aos 70 anos, em decorrência de complicações da covid-19. Sua morte aconteceu no dia em que o Brasil atingiu 600 mil mortos na pandemia.
Nani ficou cerca de uma semana internado em um hospital em Belo Horizonte, mas tinha acabado de passar por três transplantes de fígado e não aguentou, mesmo tendo tomado as duas doses da vacina contra o coronavírus.
Ernani Diniz Lucas, o Nani, era mineiro de Esmeraldas e iniciou a carreira publicando charges no jornal O Diário, de Belo Horizonte, em 1971. Logo depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se tornou conhecido nacionalmente por seus desenhos nas páginas da icônica publicação contracultural O Pasquim. A projeção o transformou num dos principais cartunistas do jornal O Globo.
Além de cartunista de mão cheia, premiado em salões de humor do Brasil e do exterior, ele também foi um roteirista importante da rede Globo, tendo ajudado a escrever três programas de Chico Anysio, “Chico Total”, “Chico Anysio Show” e “Escolinha do Professor Raimundo”, além dos humorísticos “Casseta & Planeta”, “Sai de Baixo” e “Zorra Total”.
Uma de suas criações mais célebres foi a tirinha “Vereda Tropical”, publicada em vários jornais, que satirizava o cotidiano político e social do país.
Vários cartunistas lamentaram a sua morte nas redes sociais. “Obrigada por tanta graça que deixou pra gente”, escreveu Laerte.
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