Após o sucesso do filme de 2018, a criação de Danilo Gentili e do diretor Fabrício Bittar resultaram na série “Exterminadores do Além”, começou a ser exibida no SBT, nas madrugadas das quartas-feiras. Eles pretendem expandir o universo levado para o cinema, e trazer casos tão anormais quanto engraçados, em uma mistura que resultou no melhor do “terrir”.
A equipe do Cinema com Rapadura bateu um papo com o diretor, Fabrício, que contou:
“Um dos filmes que lembro de minha infância é ‘A Vingança dos Nerds’, o que, naquela época, era horrível de ser. Hoje é justamente o contrário. Quando fiz cinema, fui muito influenciado por filmes como esse, entre outros, e esse tipo de filme se presta muito a franquias, como ‘Indiana Jones’ e ‘De Volta para o Futuro’; eles eram pensados para haver sequências. Então, quando o Danilo (Gentili) trouxe a ideia que ele havia criado, para o filme dos Exterminadores, a gente já conversava muito sobre fazer esse tipo de longa, mais pop, e também falávamos sobre outros tipos de projetos, como série envolvendo aquela história. Foi justamente isso o que falamos quando nos perguntaram se tínhamos algo para a TV: pensamos em ‘Exterminadores do Além’ porque ele trazia essa pegada pop e nostálgica.”
Com a estrutura de uma série criada a partir do filme, Fabrício contou sobre como foi a recepção do projeto por parte do SBT, tendo em vista a censura geralmente mais comedida em canais abertos:
“Justamente por conta da censura, acredito que tenha sido por isso que tenham escolhido um horário mais tardio (à uma da manhã, na madrugada das quartas para as quintas-feiras), porque a série segue a mesma linha do filme, com os mesmos tipos de piadas e cenas. Fico feliz, inclusive, que a recepção do primeiro episódio tenha sido tão boa, porque isso diz muito sobre como escolhemos trabalhar.”
Fabrício também complementou que, por ser uma série com dez episódios, a estrutura narrativa permaneceu muito parecida, mas o roteiro precisou dividir-se em arcos individuais para cada episódio, além do geral que vai do primeiro ao décimo:
“O que acho legal da série é que a gente conseguiu explorar outro gênero dentro do terror, porque, no caso do filme, é uma história de fantasma na qual os protagonistas ficam presos em um mesmo lugar e, na série, a gente tem episódios, e alguns são assim, nos quais os personagens ficam presos também, mas há outros tipos de histórias, e a gente pode conversar com subgêneros dentro do terror, além de homenagear filmes trash que, aqui, contam com diversos momentos hilários.”
Ao ter a protagonista de “Elvira – A Rainha das Trevas” comparada à personagem da Dani Calabresa no filme, Fabrício ressaltou a importância desse tipo de personagem para a série também:
“Isso que eu acho legal, no caso da Elvira, e do personagem da Dani, é que são duas personagens completamente donas de si, e que questionam os estereótipos o tempo inteiro. O que eu acho que acontece, no filme, com as séries de referências que buscamos de outros filmes, é que a comédia tinha que vir do texto e das atuações, mas todo o resto foi feito para ser um filme de terror sério. Então, cuidamos da fotografia, montagem e trilha para que fosse um filme do gênero. Na série também. Cuidamos para que cada episódio trouxesse uma história autêntica, com começo, meio e fim, e que abraçasse o terror, mas que também aproveitasse seus subgêneros, e o resultado está bem legal, com um arco por toda a série que desenvolve esses personagens tão únicos que são os Exterminadores.”
A série “Exterminadores do Além” está em exibição pelo SBT, e o filme está na Netflix.
fonte: [Entrevista] Exterminadores do Além | Diretor Fabrício Bittar fala sobre inspirações e homenagens de sua adaptação para a TV.
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