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Thalita Rebouças se transformou em uma das principais escritoras do Brasil nos últimos vinte anos, pois soube construir uma bibliografia invejável, com o tratamento do que é ser adolescente, e seus livros ultrapassam gerações justamente porque ela parece compreender a essência dessa fase, ao invés de se tratar sobre Z, Y, X ou Millenials.

Para comprovar, ela adaptou o próprio livro para o cinema, neste “Confissões de Uma Garota Excluída”, da Netflix, que traz Klara Castanho como Tetê, uma jovem que precisa lidar com as dores do crescimento enquanto sequer sua família parece compreender a solidão de seus dias. Com elenco estelar, que conta com Júlia Rabello, Stepan Nercessian e Rosane Gofman, e os jovens talentos Marcus Bessa e Gabriel Lima como os melhores amigos da protagonista.

Com a direção de Bruno Garotti, o Cinema com Rapadura aproveitou essa equipe para bater um papo com o diretor, a escritora e o elenco jovem, e saber mais sobre como foi a produção. Assim, o papo começou com o cineasta, que disse:

“Muito do filme já vem do livro da Thalita Rebouças, como a forma com a qual os temas são trabalhados. Estamos falando de questões que qualquer um pode se identificar, porém, é claro que estamos falando de um determinado grupo, como é o caso de uma jovem que sai da Barra da Tijuca e vai morar em Copacabana; tem essas especificidades, mas acho que qualquer um consegue se identificar com uma jovem passa ao enfrentar esses problemas e questões pelos quais a Tetê passa pela primeira vez.

O que eu acho encantador do livro é que ele traz esses temas, que já estamos acostumados a lidar com filmes com temática jovem, com esse outro olhar que vai um pouco além, com a relação da Tetê com seus avós, como tudo o que significa quando ela vai morar em Copacabana e adquire uma nova perspectiva de vida. Ela vai ganhar uma bodas de bullying com sua família, e isso levanta diversas questões, porque tanto seus avós quanto seus pais nem sabem o que é isso, pois não faz parte da geração deles, e acho  que tudo o que a Tetê vive funciona com base em sua empatia, porque ela tenta entender o lado deles, sobretudo o dos avós, quando eles falam que a neta não está aproveitando a juventude porque está enxergando problemas, e dando atenção a eles, de forma a não perceber que futuramente eles não serão tão grandes, pois os jovens tendem a ver tudo com lente de aumento. E esse lugar, apesar de estarmos falando de uma garota de Copacabana, pode servir de exemplo e de identificação para todo mundo.”

Por sua vez, Thalita Rebouças, autora do livro e também responsável pela adaptação do roteiro, disse:

“Eu não sofri absolutamente nada com esse roteiro, porque esse filme é o meu preferido, porque o considero muito redondo, tenho muito orgulho dele. Então, as mudanças que acontecem em uma adaptação, desde que sejam pertinentes e coerentes com o veículo para o qual foi adaptada, está tudo certo. Não esquento com isso, porque faz parte do processo, e tenho admirado cada vez mais tudo o que essa outra linguagem traz à proposta original. Tudo em cinema tem sido muito divertido, e passei a gostar de fazer roteiro com ‘Pai em Dobro’, e agora que fiz essa outra adaptação, que marcou minha primeira vez com streaming, me deu muito gosto. Ou seja, uma linguagem complementa a outra: o livro já está lá e, se alguém quiser saber mais sobre a Tetê, é só ler que tem muita história.”

Klara Castanho contou sobre como foi sua primeira reação ao ler o roteiro, e como o processo se desenvolveu com ela:

“A primeira vez que li o roteiro foi curiosa, porque ele ainda não estava em seu tratamento final. Já havia lido o livro, mas, antes de mais nada, queria saber como seria o rosto das outras pessoas, porque eu fazia o teste com a maioria dos meninos e torcia para que cada um chegasse em seu personagem. Então, desde a primeira vez que li, já imaginava o rostinho de cada um, e a expectativa só crescia a cada roteiro que chegava.”

Marcus Bessa falou sobre o mesmo processo:

“Eu não tinha lido o livro antes e, inicialmente, estava sendo testado para viver o Eric, e não o Zeca. Assim que soube, corri para comprar o livro e fiquei apaixonado pela história; em seguida, comprei os demais. Saber que esse é o mais vendido da Thalita Rebouças e que seria adaptado ao cinema é uma grande responsabilidade, e eu também ficava muito curioso para saber quem seria quem. Encontrá-los pessoalmente foi maravilhoso, porque a amizade deles é muito importante para mim, e espero levar para a vida toda.”

E Gabriel Lima deu o seu ponto de vista sobre o envolvimento com o filme:

“Foi muito bom! A primeira vez que li o roteiro me deixou honrado por fazer esse personagem, e fiquei muito feliz em fazer parte de uma história que não passa somente no Brasil, porque é um drama adolescente que se passa em vários lugares, e isso torna essa história tão importante por ser universal.”

“Confissões de Uma Garota Excluída” chegou à Netflix em 22 de setembro. Leia nossa crítica.

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[Entrevista] Confissões de Uma Garota Excluída | Bruno Garotti, Thalita Rebouças, Klara Castanho e elenco falam sobre diferencial da comédia adolescente

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