Russell Crowe deu uma rápida entrevista coletiva em hotel na Zona Sul do Rio, na tarde desta sexta-feira (21), para divulgar seu novo filme. “Noé”, de Darren Aronofsky, é baseado na história da Bíblia. Bem humorado, começou pedindo desculpas pelo atraso, justificando que teve problemas no trânsito, ao andar de bicicleta. “Não foi a minha melhor decisão”, brincou Crowe, vencedor do Oscar de Melhor Ator por “Gladiador” (2000). Ele comentou o encontro que teve com o Papa Francisco no Vaticano, com parte da equipe do filme, antes de vir para o Rio. “Foi um incrível privilégio ser convidado para vê-lo”, disse.

Crowe também falou sobre a polêmica entre algumas comunidades religiosas: o longa  chegou a ser banido em países do Oriente Médio, como Emirados Árabes Unidos e Bahrain. Para o ator, a história de Noé e sua arca existe em várias versões, não apenas aquela que há na Bíblia. “Geografia e arqueologia também falam sobre a mitologia do dilúvio. Se você olhar para Noé, sem nenhuma religião em particular, acho que é a maneira mais saudável de vê-lo”, afirmou. O ator definiu a história de seu personagem como “fascinante”. Para ele, a vida de Noé tem a ver com humanidade.

Filmes bíblicos voltam a fazer sucesso
Quanto à volta de filmes bíblicos entre os principais lançamentos de Hollywood, Russell Crowe revelou que Darren Aronofsky está planejando “Noé” desde que ele tinha 13 anos, quando estava internado num hospital. Ridley Scott, com quem Russell já trabalhou cinco vezes, está filmando a vida de Moisés em “Exodus”, com Christian Bale. Para ele, é interessante mostrar certos detalhes que não são encontrados nos livros sagrados.

O ator elogiou o elenco que trabalhou com ele em “Noé”, especialmente Jennifer Connelly, que vive sua esposa no filme e também fez par com ele em “Uma Mente Brilhante”, vencedor do Oscar de Melhor filme em 2001. Emma Watson interpreta sua filha adotiva Ila. O astro lembrou que trabalhou com Anthony Hopkins pela primeira vez no mesmo ano em que ele ganhou o prêmio por sua atuação em “O Silêncio dos Inocentes” (1991) e também com o jovem Logan Lerman, quando ele era uma criança, em “Os Indomáveis” (2007). Crowe disse que o principal problema nas filmagens foi a chuva constante: “Foram 36 dias de chuva. É claro que não foi nada bíblico, mas ainda assim foi complicado”.

Ele provocou risos ao revelar que levou o diretor Darren Aronofsky, que é vegetariano, para o seu rancho na Austrália, para comer carne. Crowe lamentou, no entanto, não ter atuado com animais de verdade (que foram recriados com efeitos especiais): “Foi muito decepcionante! Eu não pude acreditar”, disse o ator. Questionado se tivesse que escolher, assim como Noé, quem salvaria de uma catástrofe, foi enfático: “Não é uma escolha dele. É sua tarefa! Seria um pouco injusto escolher uma pessoa em detrimento de outra”. Para ele, a história de Noé realmente aconteceu porque há evidências geológicas sobre o dilúvio.

Ator também vai estrear atrás das câmeras
Sobre o Rio, o ator elogiou o clima quente da cidade (“Andei trabalhando em lugares muito frios ultimamente”), mas fez críticas ao trânsito, ao andar de bicicleta pelas ruas próximas ao local da coletiva. Para ele, como o Rio estará bastante visível com eventos como a Olimpíada, a questão do trânsito deveria ser melhor avaliada. Crowe também falou um pouco sobre “The Water Diviner”, o primeiro filme que, além de estrelar, também dirigiu. “Já terminamos as filmagens na semana passada. Desde então, já estive em Moscou, Itália e aqui. Começamos a filmar em dezembro e tem sido uma experiência fascinante. Achei a transição muito fácil de fazer. Dirigir filmes está no meu DNA”.

No fim da coletiva, Crowe falou sobre a Copa do Mundo no Brasil e a participação da Austrália. “Nunca se sabe! Podemos surpreender vocês”, comentou rindo.

fonte:g1.globo.com.br

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