Após o sucesso inédito de “A Bela e a Fera” e “Aladdin”, a Disney vivia no início dos anos 1990 o seu mais salomônico dilema: com a equipe dividida, o estúdio decidiu investir simultaneamente em dois grandes projetos de animação.

De um lado, sua menina dos olhos, o romântico “Pocahontas”, apresentado como uma espécie de “Romeu e Julieta” com índios americanos e colonos ingleses. Do outro, “O Rei Leão”, uma alegoria “experimental”, com roteiro original e um emaranhado de referências — entre elas Shakespeare, “Bambi”, a Bíblia e até um mangá japonês –, e que parecia fadada ao fiasco.

Ciente dos riscos que poderia correr, o estúdio decidiu alocar para a história da índia que viveu o período da colonização dos EUA sua mais gabaritada equipe, incluindo os experientes artistas Glen Keane, Eric Goldberg e o produtor James Pentecost.

Já o “Time B” de “O Rei Leão” teve o comando do produtor Don Hahn (de “Uma Cilada para Roger Rabbit” e “A Bela e a Fera”) e dos diretores Roger Allers e Rob Minkoff. Um tanto desacreditados, estrearam comercialmente seu projeto no dia 24 de junho de 1994, há exatos 20 anos. E o resultado não poderia ter sido mais surpreendente.

Equilibrando uma trama emotiva, repleta de aventura e com belos efeitos visuais — ainda na era das animações “2D” –, a aventura do leão Simba na savana africana fechou o ano como o filme mais visto no mundo, deixando para trás os blockbusters “Forrest Gump”, “O Máscara” e “Velocidade Máxima”. Hoje, com seus relançamentos, o filme já se aproxima da casa de US$ 1 bilhão em bilheteria.

Vinte anos depois, a história segue sendo explorada como franquia: além das continuações, histórias em quadrinhos e série animada, rendeu também uma bem-sucedida adaptação teatral na Broadway, apresentada no Brasil em 2013. Uma verdadeira mina de ouro.
“Se cada produtor ou diretor tivesse a chance de uma vez na vida participar de um filme como ‘O Rei Leão’, seria um imenso privilégio. Tenho muita sorte de ter um desses no meu currículo”, disse Hahn em entrevista por telefone ao UOL.

“Quando você está fazendo um filme desses, você nunca pensa que está fazendo um clássico, nem sequer algo que faça sucesso. Você apenas tenta fazer algo que venha do seu coração, algo que emocione a plateia. E, quando há um sucesso mundial como o que o filme teve, é como ganhar na loteria.”

São vários os números que levaram Hahn e a equipe do filme a faturar alto e levar o grande prêmio do cinema. Veja quais são eles no álbum que abre o texto.

fonte:cinema.uol.com.br

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