Casa que inspirou o filme UP Altas Aventuras e teve divulgação do filme realizada na casa, corre o risco de ser demolida nos Estados Unidos 

Nos últimos dias, uma notícia veiculada por sites americanos tem deixado muitas pessoas entristecidas, especialmente os moradores do distrito de Ballard, em Seattle, nos Estados Unidos e fãs do filme “Up – Altas Aventuras”, da Disney. O motivo é a possibilidade de uma casa, de 115 anos de existência, ser demolida na cidade nos próximos 90 dias. Ok, mas você deve estar se perguntando qual a relação de uma casa centenária em Seattle com os fãs do longa de animação da Pixar.

A situação, basicamente resumida, é que essa residência foi a que inspirou o enredo do filme de 2009, por haver grande semelhança entre as duas histórias. Porém, a verdade é que a construção de Seattle não foi a grande inspiradora da aventura do velhinho Carl e seus companheiros. Ela ganhou grande reconhecimento após uma ação de divulgação do filme ter sido realizada na casa, em 2008, fato esse que faz muitos acreditarem na relação, mas o roteiro já havia sido produzido muito antes de a construção ficar famosa.

Assim como o velhinho Carl em “Up – Altas Aventuras”, Edith Macefield recusou proposta de cerca de US$ 1 milhão (R$ 3,1 milhões) para imepdir que casa fosse demolida

Edith Macefield, a antiga dona da casa, ganhou os noticiários em 2006, quando recusou uma oferta de US$ 1 milhão (R$ 3,1 milhões) pelo terreno no qual residia em Seattle. A proposta foi feita por uma empresa que tinha o objetivo de derrubar a casa e construir um shopping center na região. Com a recusa da proprietária, somente o seu terreno não foi vendido e o “Ballard Blocks” (Blocos de Ballard), como é conhecido o enorme prédio atualmente, foi erguido no entorno da casa.

Em “Up – Altas Aventuras”, o protagonista Carl, um velho rabugento e sonhador, vendedor de balões aposentado, passa por situação semelhante, quando se recusa a vender sua pequena e antiga casa e vê a cidade grande crescer no seu entorno. O objetivo seria a construção de um prédio. Depois de alguns desenrolares na trama, Carl prende a velha casa em balões e parte para realizar um antigo sonho. ´

Edith, a antiga proprietária do terreno em Seattle, também partiu, mas para uma melhor, e agora, de um outro lugar desconhecido, deve estar observando o drama de sua velha casinha. A senhora morreu em 2008, aos 86 anos, deixando o local para o superintendente da obra do shopping, Barry Martin, que a ajudou no final da vida. Um ano após a morte de Edith, Martin vendeu a casa a um comprador desconhecido.

No filme, a cidade cresce ao redor da casa de Carl Fredricksen que se recusa a vender o seu lar

Em março deste ano, o corretor de imóveis Paul Thomas colocou a casa em leilão e após ninguém querer assumir a garantia de US$ 300 mil (R$ 937 mil), ele decidiu que a propriedade seria vendida a quem fizesse a melhor proposta. Para tanto, ele impôs uma condição: qualquer que fosse a finalidade do novo proprietário, este deveria, de alguma forma, honrar a memória de Edith Macefield.

Pois bem, em abril, junto da filha, uma compradora arrematou a casa com o intuito de tornar o local um café que levaria o nome e seria todo temático em homenagem a Edith. Thomas informou ao site My North West que entre idas e vindas até a prefeitura para liberação da construção, as novas donas foram comunicadas que para conseguir o alvará, a edificação deveria ser adequada às normas previstas em um código de construção civil de 2012. Logo as proprietárias se depararam com a necessidade de uma reforma extremamente cara e inviável, que incluía até uma adaptação do sistema para terremotos, e desistiram da compra.

“Mais quatro compradores tentaram adquirir a propriedade, mas chegaram à mesma conclusão”, contou o corretor. Agora, sem uma definição, ele explica que a casa pode ser demolida, caso ninguém se interesse em transportá-la a outro local em até 90 dias. Quanto ao terreno, mesmo com dimensões pequenas, será vendido e poderá receber qualquer tipo de construção.

Quem for à casa da dona Edith Macefield atualmente, consegue ver centenas de balões coloridos presos à grade em frente. São bexigas deixadas por muitas crianças e fãs do filme “Up – Altas Aventuras” que visitam a residência para conhecer a “Casa do Up”.

No filme, o velhinho Carl, após uma briga, é condenado a ir para um abrigo de idosos e decide seguir o sonho que tinha com a falecida esposa, de ir ao “Paraíso das Cachoeiras”, na Venezuela. Para isso, ele, que é vendedor de balões aposentado, resolve usar o antigo material de trabalho, prendendo a casa, que tanto protegeu das construções, a milhares de balões de gás e voando até o país da América do Sul.

De acordo com Paul Thomas, muitas crianças e moradores deixam inclusive mensagens pedindo para que a casa não seja demolida. Um morador de região chegou a tatuar uma imagem da casa, alegando que era fã de Edith Macefield por ela recusar a enorme quantia de dinheiro para manter o tão amado lar.

Via EmResumo.

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