Dentro do mundo cinematográfico Marvel, o Capitão América sempre teve uma presença diferenciada. O primeiro filme possuía todo um ar de aventura pulp, com elementos extraídos mais dos quadrinhos originais do que aqueles atualmente associados ao herói. Já em Os Vingadores, o personagem se mostra o mais “estranho no ninho”, talvez a ponte natural entre o filme e o espectador. E essa relação ainda conturbada com o mundo a sua volta é a força motriz de Capitão América 2: O Soldado Invernal.

A trama da continuação mostra essa nova realidade de Steve Rogers. Sem amigos ou mesmo uma vida social, ele foca suas energias no trabalho como agente da S.H.I.E.L.D. para encontrar algum significado na sua nova vida. Mas o herói logo percebe que os limites entre o certo e errado que o guiaram desde o início não são tão delimitados quanto imaginava. Esse conflito o faz questionar não só o seu lugar dentro desse mundo, quanto a função da S.H.I.E.L.D. nesse cenário.

A personificação desse momento é o vilão Soldado Invernal, uma ameaça que surge para dar a real dimensão dos dramas que o herói deve enfrentar se quiser proteger o mundo. E o Capitão América se vê diante de sacrifícios que talvez não esteja disposto a fazer.

Apesar de sempre buscar filmes leves e despretensiosos, dessa vez a Marvel decidiu adotar uma postura mais madura, abordando temas políticos, com situações mais dramáticas e elementos de espionagem que remetem à trilogia BourneMissão Impossível e o novo 007. Essa postura se reflete numa interpretação mais contida de Chris Evans que, cada vez mais, cativa como um ótimo Steve Rogers. Na mesma proporção, Scarlett Johansson faz uma Viúva Negra cheia de carisma, se destacando tanto quanto o próprio Capitão América. Já Sabastian Stan, como o vilão Soldado Invernal, surge como um vilão extremamente acertado para a trama e conduz muito bem seu personagem.

Talvez o personagem menos aproveitado seja o Falcão, que parece ser uma escolha muito mais técnica, para ser usado em momentos-chave da batalha final, do que pela personalidade ou função dramática. E o uso desse personagem é o ponto fraco do incrível roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely, que também trabalharam no primeiro Capitão e mostram domínio para criar situações que a história e o personagem necessitam.

Mais que uma boa história, Capitão América 2 é a continuação de uma grande saga da Marvel no cinema. Para os fãs, o filme é um festival de referências, tanto dos filmes antigos, quanto das futuras produções. Até pequenas pontas soltas dos longas anteriores encontram respostas aqui. Todos esses pequenos easter eggs dão o tempero exato que o filme precisa, agradando todos aqueles que acompanham religiosamente as produções da Marvel. E, além de tudo, é uma ótima ponte para Os Vingadores 2, já dando pistas do tom que o filme vai seguir. E a expectativa está

fonte:ocapacitor.uol.com.br

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